The Chosen Temporada 5: Análise dos Episódios 1 e 2

The Chosen Temporada 5: Análise dos Episódios 1 e 2

A Última Ceia começa. A tensão cresce. E os passos para a cruz se tornam inevitáveis.

The Chosen temporada 5 chegou aos cinemas trazendo consigo um peso emocional, visual e espiritual que já a coloca entre os capítulos mais intensos da série. Os dois primeiros episódios entregam um início épico para essa nova fase, centrada na reta final da missão de Jesus — começando com a entrada triunfal em Jerusalém e o prenúncio da Última Ceia.

Este texto analisa os principais acontecimentos dos episódios 1 e 2, os temas centrais que emergem a partir deles e as impressões que tornam essa estreia algo digno de ser vivenciado com profundidade. Se você já assistiu ou pretende assistir, este conteúdo é um mergulho — não só na trama da série, mas na mensagem por trás dela.

Abertura com a Última Ceia: um novo formato, mais significado

A escolha de abrir a temporada com trechos da Última Ceia ao longo dos episódios é brilhante. Ao invés de condensar todos os ensinamentos no famoso cenáculo em uma única cena, a série os dilui episódio por episódio. Isso permite que os diálogos de Jesus sejam absorvidos com mais atenção, sem perder o impacto emocional e espiritual.

Logo no início, vemos Jesus alertando seus discípulos que a hora se aproxima. Ele fala sobre partir, mas também sobre retornar. Fala do medo, da dispersão… mas também da vitória. O texto de João 16 ganha vida em uma atmosfera íntima e profunda, conduzindo o espectador diretamente ao coração de Jesus. A cena termina com a oração sacerdotal e um cântico baseado no Salmo 118. E assim, entramos no momento mais dramático da missão messiânica.

A Entrada Triunfal: esperança e tensão no mesmo passo

Saindo das árvores, Jesus e seus discípulos se deparam com uma multidão que canta “Hosana ao Filho de Davi”. A cena é vibrante. Judas, em especial, vê ali o cumprimento do que ele esperava: a aclamação de um rei.

Mas o clima muda com a chegada de fariseus — entre eles, Zebadias e Yussif. Eles alertam: se Jesus quiser preservar a vida, é hora de voltar. O povo quer coroá-lo, Roma não aceitará isso. Ao montado em um jumento, Jesus cumpre a profecia de Zacarias, e por mais que negue estar fundando um reino terreno, o simbolismo é inegável. Jesus responde que se seus discípulos se calassem, até as pedras clamariam.

A tensão entre expectativa e rejeição já está posta.

A política nos bastidores: Caifás e Pilatos

Um dos pontos fortes da série sempre foi o realismo político em torno dos acontecimentos bíblicos — e aqui isso se intensifica. Vemos Shmuel retornando a Jerusalém preocupado com os desdobramentos. Enquanto isso, Atticus observa a entrada de Jesus com olhar investigativo e vai até Pilatos. O governador romano debocha da entrada de Jesus — um homem comum montado num jumento, sem soldados. Mas Atticus lembra que rebeliões começaram com muito menos.

A conversa entre Pilatos e Caifás é um duelo de poder. O romano lembra ao sumo sacerdote que Roma permite o culto judeu apenas por conveniência — e pode retomar os símbolos sagrados a qualquer momento. Em troca de paz e controle fiscal, exige cooperação. Entre piadas com camarões (impuros para os judeus), eles firmam um pacto de conveniência.

Mas a ameaça paira: três zelotes serão executados em breve, e o público deve estar presente.

A alma de Jesus começa a pesar

À medida que Jesus se aproxima da cidade, sua expressão muda. O sangue nas paredes. O som da multidão. A dor antecipada. Maria, sua mãe, percebe. Maria Madalena também.

Na entrada da cidade, todos celebram, menos Ele.

Pouco depois, vemos a visão apocalíptica da destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. — o Templo em chamas, o povo massacrado, as promessas quebradas. É um momento de silêncio e dor. O sorriso de Jesus desaparece. A cruz já o espera.

O Templo, a pregação e o trovão

Dentro do Templo, Jesus começa a ensinar. Ele fala com autoridade: “Se o grão de trigo não morrer, não dá fruto… quem ama a sua vida, a perderá”. A profundidade é enorme — mas os ouvintes não entendem. Nem todos, pelo menos.

Quando Jesus clama ao Pai e pede que Seu nome seja glorificado, um trovão ecoa. Muitos pensam ser apenas barulho. Mas alguns ouvem uma voz: “Eu glorifiquei e glorificarei novamente”.

Essa é uma metáfora poderosa para o que acontece o tempo todo: Jesus está dizendo tudo claramente — mas poucos têm ouvidos para ouvir.

O Observador misterioso

Desde a temporada anterior, um novo personagem ronda os eventos: o Observador. Ainda não sabemos exatamente quem é — talvez Marcos, talvez Matias — mas sua presença é marcante. Ele aparece nos momentos cruciais. Vê tudo. Ouve tudo. Representa o olhar atento de quem ainda não se decidiu — mas está perto. Muito perto.

Ele vê Yussif se disfarçar para ouvir Jesus às escondidas. Ele observa as tensões entre discípulos, fariseus e romanos. E agora, também cruza com um grupo liderado por Kafni — um fanático que acredita que Jesus é um falso profeta e planeja enfrentá-lo.

Os discípulos e a sombra da cruz

Enquanto os discípulos se instalam na casa de Febe — uma rica amiga de Joana — o contraste entre o luxo da hospedagem e o caos iminente é evidente. Alguns ainda acreditam que tudo o que Jesus disse sobre morte e sofrimento é simbólico. Pedro se anima para pregar. Mateus o acompanha para corrigir os erros.

Mas João e Maria já não conseguem sorrir.

Eles sabem. Eles sentem. Jesus entrou por onde entram os cordeiros do sacrifício.

E nada disso é metáfora.

A bênção inesperada e o noivado

Em um momento de respiro, Jesus caminha pelas ruas e encontra uma celebração de noivado. É convidado a participar. O noivo e a noiva não sabem quem Ele é — até que um garoto o reconhece e grita “Hosana!”.

Mesmo tentando não chamar atenção, Jesus acaba sendo o centro. A noiva, Ruthy, pede que Ele abençoe sua união. Ele aceita e abençoa. Fala sobre pureza, desejo pelo alto, e o sentido da festa.

É um dos momentos mais ternos do episódio. Uma pausa breve antes da tempestade.

O chicote

A cena final do episódio 1 é silenciosa e impactante. Jesus pede a Zebedeu que leve Maria e as mulheres para Betânia. João o segue e o observa em segredo. Jesus pega a antiga rédea de José. Senta-se. E começa a trançar um chicote.

Sim. A purificação do Templo está chegando.

Temas centrais The Chosen Temporada 5: o que Jesus está dizendo

Os episódios deixam claro que Jesus já não fala mais por enigmas. Ele é direto. Mas nem todos estão prontos para ouvir. Há uma diferença entre o que é dito e o que é entendido. A série trabalha isso muito bem — especialmente com o trovão como símbolo.

Alguns só ouvem barulho. Outros sentem que há algo mais. Poucos, de fato, entendem.

João e Maria se destacam entre os que percebem. Eles entendem que a cruz está próxima. Que a entrada pela Porta das Ovelhas não foi acaso. Que Jesus está sendo “dolorosamente claro”.

E, no entanto, muitos continuam cegos.

A entrega: quem ama sua vida, a perderá

Ao ensinar no Templo, Jesus deixa claro que não ama sua vida terrena. Por isso, pode entregá-la. Por isso, será frutífero.

Enquanto isso, Pilatos e Caifás se apegam ao poder e ao status. Fazem de tudo para preservar o que têm. Mas é justamente isso que os fará perder tudo.

A destruição futura de Jerusalém não será apenas um fato histórico. Será o resultado do orgulho, da cegueira e da rejeição à verdade.

Primeiras Impressões: The Chosen Temporada 5 já nasceu clássica

Os dois primeiros episódios de The Chosen Temporada 5 são mais que introduções. São um mergulho. São viscerais, visuais, emocionais e espirituais. A experiência no cinema só reforça a grandiosidade da produção.

Com atuações marcantes — especialmente de Jonathan Roumie (Jesus), Liz Tabish (Maria Madalena) e George Xanthis (João) —, roteiro profundo e direção segura, a série reafirma seu lugar como uma das maiores narrativas cristãs da atualidade.

Mais do que uma série, The Chosen se tornou um momento de reflexão — para quem crê e para quem busca entender.

E a jornada está só começando.

E você?

Já assistiu aos primeiros episódios? O que achou deles? Está ansioso para acompanhar The Chosen Temporada 5?
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